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Fatalidade e o nada fazer

  • Foto do escritor: Andrei Moscheto
    Andrei Moscheto
  • 21 de ago.
  • 2 min de leitura
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Esta semana uma pessoa muito próxima ao nosso Instituto sofreu uma tragédia, dessas sem precedentes, e que deixou todos nós abalados. Ninguém está preparado para eventos dessa natureza e nos solidarizamos com todos da família, amigos e conhecidos que passaram por este triste momento.


É muito comum, perante o impensável, estar congelado dentro do pensamento "o que eu deveria fazer agora?", sem saber exatamente qual é a resposta, qual é o próximo passo, qual é o melhor caminho a se adotar. A triste realidade é que nenhuma das atitudes possíveis soluciona uma questão desta magnitude e fica o amargo gosto na boca da conclusão de que não há nada a fazer.


"Nada fazer", em si, pode ser uma decisão consciente do primeiro passo a ser dado. Você não é obrigado, perante o impensável, a saber algo que nenhum dos nossos antepassados sabiam e que nossos descentes não terão a menor possibilidade de aprender.


Eu não sei o que fazer - então se permita não fazer nada neste momento e se perdoe para que, mais pra frente, você descubra o que fazer.


Eu não sei o que dizer - então se permita não dizer nada. Mesmo sem dizer nada, por estar com a outra pessoa, já diz muito.


Eu não sei como ajudar - estar querendo ajudar, em si, já é um primeiro ato de empatia e, no tempo certo, a forma de ajudar vai aparecer.


Respire, aceite a sua inépcia perante uma tragédia e, se puder, tome uma pequena atitude positiva, como aquela presente na sua crença religiosa ou filosófica. Fatalidades não retrocedem, mas aqueles que as perduram precisam do suporte de suas comunidades. Então, se puder, se já tiver passado pela sensação do "nada fazer", dê o seu primeiro passo - nem que seja apenas escrever uma postagem num blog.


Andrei Moscheto



 
 
 

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